sábado, 18 de março de 2017

22 - SENTIDO E PERCEPÇAO: John Langshaw Austin


Editora: WMF MARTINS FONTES
Coleção: Filosofia
ISBN: 9788533619975
Páginas: 160

Relato de minha leitura da obra:
O livro na verdade consiste em aulas de Austin, do texto trabalha a questão dos sentidos, ou seja, como visualizamos os objetos, se a percepção que temos das coisas condiz com a realidade.   

Comentário da editora:
Esta é a melhor introdução possível ao estilo singular de pensamento e expressão de Austin. A tarefa de construção foi executada com grande habilidade e compreensão. Qualquer pessoa que tenha escutado Austin conversando ou dando uma aula de filosofia reconhecerá sua voz nessas páginas. Qualquer pessoa familiarizada com as discussões a respeito do tema ficará impressionada com o efeito de frescor e de verdade encontrado em Austin. A obra traz ainda um prefácio de G. J. Warnock.


Nota: 3

21 - IRRELIGIÃO DO FUTURO, A: ESTUDO SOCIOLÓGICO: Jean-Marie Guyau


ISBN: 9788580631395
ISBN13: 9788580631395
Editora: Martins Fontes - Selo Martins
Assunto: Filosofia
Ano de Publicação: 2014
Coleção: Tópicos
Edição: 1
Páginas: 872

Relato de Leitura:
Jean-Marie, filósofo do século XIX, que inclusive influenciou o pensamento de Nietzsche e é possível perceber semelhança entre os dois, o livro na verdade é do início ao fim uma forte crítica a religião. Do texto é bem elabora pelo autor, que trabalha vários pontos da religião. Deixo uma breve citação da obra, quase uma espécie de resumo das 872 páginas: “O sentido religioso não é mais apenas o sentimento da dependência física em que nós encontramos em relação à universalidade das coisas. É, sobretudo, o de uma dependência psíquica, moral e definitivamente social”.

Comentário da editora:
Neste livro, Jean-Marie Guyau discute o futuro das religiões como uma paulatina dissolução de seus dogmas em nome da construção de 'uma moral cósmica panteísta'. Para ele, um mundo em contínuo progresso material e científico tenderia a substituir os fanatismos e as intolerâncias que geram as dissensões e as guerras religiosas. A irreligião do futuro não afirma o fim das religiões, mas dos dogmatismos, abrindo a perspectiva de uma relação real entre o homem e o mundo, já que, livre dos preconceitos nascidos da ignorância, o homem se daria conta de que é parte de um todo maior, parte da natureza, parte da vida - essa mesma vida que, tal como Nietzsche, Guyau não parou de afirmar e de exaltar, mesmo quando, ainda jovem, descobriu-se perto da morte.

Sobre o autor:
Jean-Marie Guyau nasceu em Laval, França, em 1854, e foi um grande filósofo e poeta francês. Estudou arduamente literatura e filosofia até começar a produzir suas próprias obras, de grande expressividade na Europa do século XIX e começo do século XX, influenciando diversos autores contemporâneos, inclusive Friedrich Nietszche. Faleceu precocemente, aos 32 anos de idade, vítima de tuberculose.

Nota: 5


20 - BUSCA DO SENTIDO, A LINGUAGEM EM QUESTAO: Jean-claude Coquet


Autor: Jean-claude Coquet
Editora: WMF MARTINS FONTES
Coleção: Linguística
ISBN: 9788578276737
Páginas: 368
Formato: 21,00 X 14,00
Acabamento: Brochura
Edição: 1ª EDIÇÃO – 2013

Relato da leitura:
O autor trabalha a temática da linguagem começando com uma análise histórica, cita Heráclito, Aristóteles, faz um comentário sobre a reflexão de Heidegger e, finalmente chega a Merleua-Ponty. Logo no início o autor diz: “A linguagem é nosso elemento como a água é o elemento dos peixes” (na verdade a frase é de Merleua-Ponty).

Sobre o autor:
Jean-Claude Coquet, linguista francês de renome internacional, especializado em semântica literária. Elaborou um método de análise da linguagem na linha dos trabalhos de Maurice Merleau-Ponty e Émile Benveniste. Atualmente, é professor emérito da Universidade de Paris VIII.


Nota: 4

19 - TRATADO SOBRE A CONVIVENCIA - CONCORDIA SEM ACORDO Autor: Julian Marias


Editora: WMF MARTINS FONTES
Coleção: Filosofia
ISBN: 9788533617780
Páginas: 264
Formato: 18,60 X 12,60

Sobre minha leitura:
Marías trabalha com riqueza de detalhes a questão da diversidade humana e da tarefa difícil de conviver. Ele trabalha a comunicação, os acordos, a falsidade e os modos de vida. Segundo o autor, “grande parte dos males deste mundo são em princípio evitáveis porque dependem dos comportamentos humanos e não da estrutura da realidade”.

Comentário da Editora:
A diversidade do humano deve enriquecer a convivência, não destruí-la. 'Tratado sobre a convivência' convida o leitor a rejeitar a falsidade que invade os meios de comunicação e os novos modos de vida. Nestes escritos, o autor analisa o presente e repassa o passado para exortar à reflexão e situar o leitor no futuro.

Leitura Realizada em 2016.


Nota: 4

18 - INTENCIONALIDADE: John R. Searle


Autor: John R. Searle
Editora: WMF MARTINS FONTES
Coleção: Filosofia
ISBN: 9788533617230
Páginas: 408
Formato: 18,50 X 12,70

Relato de minha leitura:
Searle trabalha nesta obra a questão da função no processo de ação e percepção. Trabalha também a linguagem como a capacidade dos atos da fala para representar objetos e estados. Confesso que o livro é um pouco denso, e a leitura acaba não sendo tão sedutora pra quem não trabalha com o tema abordado pelo autor. 

Comentário da Editora:
O livro procura desenvolver uma teoria da Intencionalidade. A abordagem apresentada na obra é de grande utilidade para a explicação dos fenômenos intencionais em geral.

Leitura realizada em 2012.


Nota: 3

17 - IMAGENS E SÍMBOLOS: ENSAIO SOBRE O SIMBOLISMO MÁGICO-RELIGIOSO: Mircea Eliade.


Autor: Mircea Eliade
Seção: Religião, Ocultismo, Espiritualidade e Autoajuda
ISBN: 8533600305
ISBN13: 9788533600300
Editora: Martins Fontes - Selo Martins
Assunto: Antropologia E História
Ano de Publicação: 1991
Coleção: Tópicos
Edição: 1
Páginas: 192

Relato de minha leitura:
Mircea Eliade foi um gênio naquilo que se propôs a fazer, todas as suas obras proporcionam grandes experiências e aprofundamento ao leitor. É importante mencionar que Eliade é um dos poucos estúdios da temática do mito que tem o interesse real que o leitor compreenda o assunto. O tema é abordado com clareza e com uma riqueza de detalhes. Acho importante citar um trecho da obra: “A vida do homem moderno está cheia de mitos semi-esquecidos, de hierofanias decadentes, de símbolos abandonados. A dessacralização incessante do homem moderno alterou o conteúdo da sua vida espiritual; ela não rompeu com as matrizes da sua imaginação: todo um refugo mitológico sobrevive nas zonas mal controladas” (p. 14).  

Comentário da Editora:
As análises do presente livro e todas aquelas que compõem a obra de Eliade não são puros jogos do espírito, mas antes descobridoras dos pontos de apoio que permitem ao homem-indivíduo e aos grupos humanos equilibrar e assegurar seus pensamentos em meio aos movimentos da sua experiência. Aqui o grande público pode conhecer a introdução a uma das pesquisas mais originais do nosso tempo, e constatar que seu autor foi e continua sendo, antes de mais nada, um escritor e um poeta.
O pensamento simbólico faz parte do ser humano; é anterior à linguagem e à razão discursiva. As imagens, os símbolos, os mitos não são criações irresponsáveis do psiquismo mas correspondem a uma necessidade e preenchem a função de revelar as modalidades mais secretas do ser. Estuda-los nos leva a conhecer melhor o homem, o “unicamente homem”, isto é, aquele ainda não compôs com as condições da história.

Leitura realizada em 2013


Nota: 6

16 - SISTEMA DA NATUREZA: OU DAS LEIS DO MUNDO FÍSICO E DO MUNDO MORAL: Barão de Holbach


Autor: Barão de Holbach
Seção: Filosofia
ISBN:  9788561635657
ISBN: 9788561635657
Editora: Martins Fontes - Selo Martins
Assunto: Filosofia
Ano de Publicação: 2011
Coleção: Tópicos
Edição: 1
Páginas: 868

Relato de Leitura:
Achei o livro bastante desafiador, mesmo o leitor da era das grandes descobertas ficara surpreso com a reflexão de Holbach, considerando que o livro foi escrito no século XVIII. O autor desafiou a religião e sua estrutura de forma contundente, inclusive suas críticas continuam bastante consistentes. Gosto bastante de uma frase de Holbach que aparece na página 32: “os homens se enganarão sempre que abandonar a experiência por sistemas criados pela imaginação”. O livro é extenso, 868 páginas, mas a leitura é rica e agradável. O autor nasceu na Alemanha, mas se naturalizou francês em 1749.
Para terminar cito mais um trecho da obra em questão: “Perguntarão, talvez, se seria possível racionalmente nos vangloriarmos de, algum dia, conseguir fazer todo um povo esquecer as suas opiniões religiosas ou as ideias que ele tem sobre divindade. Eu respondo que a coisa parece completamente impossível e que não é o objetivo a que nos propomos” (p. 834).

Comentário da Editora:
Para o Barão de Holbach, um dos materialistas mais radicais da história da filosofia, nada existe além da natureza, da qual fazemos parte inexoravelmente. Esta natureza, constituída por leis eternas, está em perpétuo movimento e desconhece o acaso: ou seja, tudo nela se dá de modo necessário e inescapável.
Desta concepção fatalista e determinista, surge, no entanto, uma filosofia da virtude e da felicidade (tanto individual quanto coletiva) que nos ensina que apenas o verdadeiro conhecimento da natureza pode libertar o homem da ignorância, dos fanatismos e das superstições. "Como se tornar aquilo que se é": eis a meta de Holbach

Comecei a leitura no fim de 2014 e terminei no início de 2015.


Nota: 5

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

15 - Platão - O Sofista. Martin Heidegger


No Sofista, Platão considera o ser-aí humano em uma de suas possibilidades mais extremas, a saber, na existência filosófica. E, em verdade, Platão mostra indiretamente aquilo que o filósofo seria, na medida em que explicita o que o sofista seria. E ele não nos mostra essas determinações, na medida em que apresenta um programa vazio, isto é, na medida em que diz o que seria preciso fazer, caso se queira ser filósofo, mas na medida mesmo em que ele filosofa. Pois só se pode dizer concretamente o que seria o sofista, como não filósofo propriamente dito, se se vive por si mesmo na filosofia. 
Formato: 14 X 21
Páginas: 764
Editora: Forense universitária

Sumário

NECROLÓGIO PARA PAUL NATORP
CONSIDERAÇÃO PRÉVIA
PARTE INTRODUTÓRIA
PRIMEIRO CAPÍTULO -  A visão panorâmica preparatória dos modos do a) desvelamento (e) ciência, arte, circunvisão, sabedoria, pensamento (Ética a Nicômaco VI, 2-6)
SEGUNDO CAPÍTULO -  A gênese da sofi/a (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos
(ai) percepção sensível, e) a experiência, arte, e) ciência, sabedoria) (Metafísica I, 1-2)
TERCEIRO CAPÍTULO
 A questão acerca do primado da circunvisão ou da sabedoria como os modos mais elevados do a) desvelamento (Metafísica I, 2; Parte 2; Ética a Nicômaco VI, 7-10; X, 6-7)
TRANSIÇÃO
A FIXAÇÃO DO CAMPO TEMÁTICO A PARTIR DO ALHΘEUEIN
§ 27. O que foi realizado até aqui e a tarefa ulterior. O que foi realizado até aqui: a conquista do modo de acesso (=  desvelamento). A tarefa: fixação do tema a partir do a)lhθeu/ein (do desvelamento) em Platão (= diale/gesθai – exame dialógico). Primeira indicação do tema: a revolução do conceito de ser; o ser do não ser (= falso)
PARTE PRINCIPAL
A INVESTIGAÇÃO PLATÔNICA ACERCA DO SER – INTERPRETAÇÃO DE O SOFISTA – OBSERVAÇÕES PRÉVIAS
INTRODUÇÃO – A PREPARAÇÃO DO DIÁLOGO (O SOFISTA – 216a-219a)
PRIMEIRA SEÇÃO – A BUSCA DO LOGOS (LINGUAGEM) DA EXISTÊNCIA FÁTICA DO SOFISTA (O SOFISTA 219a-221c)
PRIMEIRO CAPÍTULO
 Um exemplo do método da definição. A definição do a
SEGUNDO CAPÍTULO
 A definição do sofista. Definição 1-5 (221c-226a)
TERCEIRO CAPÍTULO
 Excurso – Orientação sobre a posição de Platão em relação ao discurso. A posição de Platão em relação à retórica. Interpretações do Fedro
QUARTO CAPÍTULO
 As definições do sofista. Sexta e sétima definições (226a-236c)
SEGUNDA SEÇÃO – EXPLICITAÇÃO ONTOLÓGICA – O SER DO NÃO SER (236e-237a)
PRIMEIRO CAPÍTULO - As dificuldades no conceito de não ser (237a-242b)
SEGUNDO CAPÍTULO -  As dificuldades no conceito do ente. A discussão das doutrinas antigas e contemporâneas do ente) (242b-250e)
TERCEIRO CAPÍTULO -  A resolução positiva do problema por meio da (consonância entre os gêneros) (251a-264c)
ANEXOS
ADENDOS – A PARTIR DO MANUSCRITO DE HEIDEGGER
ADENDO ORIUNDO DO CADERNO DE S. MOSER
POSFÁCIO DA EDITORA

Heidegger

Um dos maiores pensadores do século XX, nasceu em 26 de setembro de 1889, na cidade de Messkirch, Alemanha. Foi assistente de Edmund Husserl e trabalhou como professor efetivo nas Universidades de Marburg e de Freiburg. Entre seus alunos estão algumas das figuras mais importantes do pensamento contemporâneo: Hannah Arendt, Hans Georg Gadamer, Herbert Marcuse, entre outros. Em 1927, publicou sua obra central, Ser e tempo. Sua obra completa possui quase 100 volumes e está dividida em ensaios, conferências, discursos, preleções e livros. Em português temos já uma gama significativa de traduções: Introdução à metafísica, Heráclito, Ensaios e conferências, Carta sobre o humanismo, Nietzsche: metafísica e niilismo etc. Heidegger faleceu em 26 de maio de 1976.

Leia a Resenha da tradução brasileira do Platão: O sofista de Martin Heidegger, feita pelo prof. Roberto S. Kahlmeyer-Mertens, Professor da UNIOESTE



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